quinta-feira, 22 de março de 2012
A UNÇÃO É A CONSEQUÊNCIA DIRETA DO ATO DE UNGIR
Por André Sanchez
Hoje está na moda nos meios religiosos o uso de palavras como unção, ungir, ungido. Apesar das pessoas estarem falando por aí a respeito dessa “unção”, creio que poucos sabem exatamente o que significam essas palavras. Nesse artigo espero mostrar de forma simples o que é cada uma delas.
A unção é a consequência direta do ato de ungir. No Antigo Testamento era muito comum derramar azeite (um símbolo visível) sobre a cabeça de uma pessoa com o objetivo de consagrá-la, santificá-la para um serviço especial. Isso era ungir a pessoa. Consequentemente, se a pessoa fosse fiel a Deus, seria e permaneceria cheia da unção do Senhor, seria um ungido.
Profetas, reis e sacerdotes eram as pessoas mais comumente ungidas, pois tinham serviços especiais a realizar diante de Deus e da nação:
“A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.” (1Rs 19.16)
“Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Ramá.” (1Sm 16. 13)
“Também ungirás Arão e seus filhos e os consagrarás para que me oficiem como sacerdotes.” (Ex 30. 30)
Vemos também que no Antigo Testamento se ungiam objetos que teriam um uso sagrado. Era uma espécie de unção especial com um óleo especial que só era usado para esse fim. “E tomarás o óleo da unção, e ungirás o tabernáculo e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences; e será santo.” (Ex 40. 9)
Algumas igrejas ainda mantém o costume de ungir pessoas e objetos, porém, creio que, após Jesus Cristo, a unção que devemos buscar é aquela que Deus nos dá através do seu Espírito. Os símbolos rituais não são mais necessários, pois Cristo é a unção única e definitiva. “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” (1Jo 2. 27)
Algumas “unções” citadas na modernidade que, segundo alguns dizem, são manifestações do Espírito de Deus, tais como, unção do riso, unção do leão, unção da casa própria, unção de Abraão, unção do cair no Espírito, etc., são estranhas ao que a Bíblia chama de unção. São manifestações carnais e sem embasamento bíblico.
E para finalizar, quero deixar aqui o exemplo máximo de unção, Jesus: Jesus é chamado de Cristo no Novo Testamento. A palavra Cristo é um título e significa “ungido” na língua grega. Ele é chamado também de Messias, que é uma palavra hebraica que significa “ungido”.
Ser ungido hoje em dia, é estar com a vida consagrada a Jesus Cristo. Não há a necessidade de azeite ou óleos especias, mas da fé e da obediência. E mais: Todos têm a oportunidade de receber a unção de Deus em suas vidas, através de Jesus Cristo. Os rituais do Antigo Testamento não se fazem mais necessários, pois todos somos chamados à consagração especial ao serviço de Deus em Jesus Cristo: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.
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