terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A perda dos dons espirituais e os dons naturais corrompidos

Muita me agrada aquela sentença de Agostinho de Hipona, que cita por vezes: “Os dons naturais no homem estão corrompidos pelo pecado, e os sobrenaturais perderam totalmente”.
Para esta última, entende-se a luz da fé e da justiça, as quais bastam para alcançar a vida eterna e felicidade no céu.
O homem ao após a queda e o abandono as coisas divinas, foi também privado dos dons espirituais com que havia sido premiado para alcançar a vida eterna. De onde segue-se que está de tal maneira, banido do reino de Deus, e estando todas as coisas relativa a vida bem-aventurada nele mortas, até que pela graça da regeneração é recuperado novamente, a saber: a fé, o amor de Deus, a caridade com o próximo, o desejo de viver uma vida justa e santa.
E uma vez que estas coisas são restauradas por Cristo, não pela nossa natureza, mas de outra parte, acreditamos que tais dons espirituais foram levados com a queda. Além disso, foi levado do homem a integridade do homem e a retidão do coração, isto é o que chamamos de corrupção dos dons naturais, porque embora ficamos com um pouco de compreensão e juízo de vontade, não podemos dizer que nosso entendimento é são e perfeito, quando está tão fraco e envolto em trevas.
Quanto à vontade, sabemos quanto mal há nela. Como a razão, com a qual o homem distingue o bem e o mal, julga e entende, é um dom natural, não perdendo de todo, mas está debilitada e em parte corrompida, de tal maneira que o que se vê dela está em ruínas

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