sábado, 7 de janeiro de 2012

Aprenda o que fazer em emergências como fratura, afogamento e engasgo


Aprenda o que fazer em emergências como fratura, afogamento e engasgo


Um brasileiro morre subitamente a cada 2 minutos. E saber o que fazer numa situação de emergência – como fratura, sangramento, afogamento, engasgo ou parada cardiorrespiratória – pode representar para a vítima a diferença entre a vida e a morte.
O médico socorrista Jorge Ribera e a pediatra Ana Escobar destacaram que os procedimentos chamados CAB (Compressão do tórax, Abertura das vias aéreas para retirar vômito e secreções, e respiração – de Breath, em inglês) servem para evitar que um problema se agrave, mas só devem ser feitos enquanto o socorro médico não chega.
As estatísticas mostram que metade das vítimas sobrevive com a ajuda de pessoas leigas, via massagem cardíaca, somada ao auxílio médico. É sempre bom lembrar que o número do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), válido para todo o Brasil, é o 192.
Muitas fraturas ósseas ocorrem em acidentes de trânsito, que se tornam mais comuns nesta época do ano. Por essa razão, é sempre indispensável usar o cinto de segurança, inclusive no banco de trás (veja o quinto vídeo da página). Mas, se o indivíduo caiu ou sofreu algum traumatismo, nunca tente movê-lo de lugar, pois isso pode agravar uma lesão na coluna.
Se houver sangramento, estanque o sangue com um pano ou saco plástico.
Risco de afogamento
Em praias, piscinas e represas, o cuidado com as crianças deve ser redobrado para evitar afogamentos e garantir apenas a diversão. Para os menores de 2 anos, até um balde cheio pode ser perigoso, alertou Ana Escobar.
Ficar sempre no raso (com água no máximo até o umbigo), não usar boias (que podem escapar ou dar uma falsa sensação de segurança), aproximar-se da área onde há salva-vidas e não ingerir bebida alcoólica são recomendações importantíssimas para prevenir sustos desnecessários.
A maioria dos afogamentos ocorre em água doce (represas, rios, lagos, lagoas e cachoeiras), segundo os médicos.
Engasgo
No caso do engasgo, o programa voltou a reforçar os ensinamentos feitos na edição de 14 de abril, quando a professora Naira Okisaki assistiu ao Bem Estar e, depois, pôde ajudar o aluno Gabriel, que ficou com um pirulito entalado na garganta. Ela pôs em prática a chamada manobra de Heimlich.
Para desengasgar um bebê, são indicados cinco tapas fortes nas costas da criança, que deve ser segurada de bruços, com a cabeça mais baixa que o corpo. Nunca ofereça água para alguém engasgado (veja o vídeo ao lado).
Parada cardiorrespiratória
Já quem sofre uma parada cardiorrespiratória corre 10% a mais de risco de morte a cada minuto que passa. Por isso, a prestação rápida de socorro é essencial. São recomendadas 100 compressões por minuto (30 compressões direto mais duas respirações), que devem afundar o tórax em cerca de 5 cm para adultos e adolescentes e em 4 cm para crianças. Essa técnica ajuda a empurrar o sangue para o coração e a trocar o ar nos pulmões.
O ideal é que, nessa ocasião, haja pelo menos três pessoas dispostas a ajudar: uma para massagear a vítima, uma para acionar a ambulância e outra para desobstruir as vias aéreas (se houver dentadura, precisa ser retirada). E duas delas devem se revezar nas compressões, para que seja mantido o vigor do atendimento.
Caso só haja um indivíduo para prestar socorro, ele deve ligar para o Samu e fazer as compressões, que são mais importantes que a respiração.
Em São Carlos, no interior de São Paulo, moradores são treinados para socorrer vítimas de parada cardiorrespiratória e acidente vascular cerebral (AVC). O curso começou com um grupo de professores do ensino médio e, agora, eles vão repassar as técnicas para os alunos. A meta é multiplicar os socorristas e capacitar 25 mil pessoas no total.

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